3 dicas contábeis para começar uma empresa com o pé direito!

Escritório Confiança | 03 jul 2025

3 dicas contábeis para começar uma empresa com o pé direito!

Confira 3 dicas contábeis essenciais para abrir sua empresa com segurança, evitar erros e garantir estabilidade desde o primeiro passo.

Abrir uma empresa é um passo importante, muitas vezes o início de um sonho. Seja você um profissional autônomo querendo formalizar sua atividade, alguém que identificou uma boa oportunidade ou uma pessoa determinada a empreender, um fator é essencial: tudo começa com planejamento. E dentro desse planejamento, a contabilidade tem um papel central.

Ela garante que o seu negócio nasça com estrutura legal, financeira e fiscal para se desenvolver com segurança. Muitas empresas enfrentam dificuldades nos primeiros anos por falharem na base. Escolhas erradas no início, principalmente em questões tributárias e burocráticas, podem se transformar em obstáculos difíceis de resolver depois.

Neste artigo, você confere três dicas contábeis fundamentais para quem está começando e uma dica bônus que pode fazer toda a diferença no controle financeiro.

Dica 1: Escolha o enquadramento tributário adequado

Ao formalizar uma empresa, um dos primeiros pontos críticos é a definição do regime tributário. Essa decisão impacta diretamente o valor dos impostos, as obrigações legais e a saúde financeira do negócio.

No Brasil, os principais regimes tributários são:

  • Simples Nacional: voltado para microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano. Ele unifica diversos tributos em uma única guia e costuma facilitar o cumprimento das obrigações.
  • Lucro Presumido: indicado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nesse regime, a base de cálculo dos impostos é determinada por percentuais pré-fixados sobre o faturamento, independentemente do lucro real.
  • Lucro Real: obrigatório para empresas com atividades específicas ou faturamento acima do limite. A tributação é feita com base no lucro efetivamente apurado, exigindo escrituração contábil completa.

A escolha depende do faturamento previsto, da atividade exercida, das margens de lucro e da estrutura do negócio. Esse é o tipo de decisão que exige avaliação técnica. Um contador pode simular os cenários e apontar o caminho mais vantajoso dentro da legalidade, evitando prejuízos futuros.

Dica 2: Planeje seus custos e obrigações mensais

Uma empresa não vive apenas de faturamento. É essencial ter clareza sobre os custos fixos e variáveis envolvidos para manter a operação saudável.

Preste atenção em:

  • Impostos
  • Encargos trabalhistas e folha de pagamento
  • Aluguel, energia, internet e demais utilidades
  • Serviços terceirizados, como contabilidade e marketing
  • Licenças obrigatórias e taxas municipais ou estaduais
  • Investimentos em tecnologia, insumos ou estoque

Empresas que não mapeiam essas despesas com precisão acabam enfrentando desequilíbrio no fluxo de caixa. Por isso, um planejamento financeiro consistente é indispensável.

O contador pode contribuir nesse processo de várias formas. Ele ajuda a organizar a previsão de despesas, projeta a carga tributária mensal e orienta sobre a necessidade de capital de giro. Com essa base, fica mais fácil tomar decisões sobre contratação, expansão e até precificação de produtos ou serviços.

Dica 3: Conte com um contador desde o início

Muitos empreendedores deixam para contratar um contador depois da abertura do CNPJ. Esse é um erro comum. O ideal é que esse profissional participe desde o momento inicial da ideia, orientando e estruturando todas as etapas da formalização.

O contador é responsável por:

  • Registrar a empresa na Junta Comercial
  • Solicitar o CNPJ junto à Receita Federal
  • Realizar as inscrições estadual e municipal, quando necessárias
  • Emitir alvarás e acompanhar licenças específicas
  • Escolher o tipo societário mais adequado
  • Classificar corretamente as atividades da empresa (CNAE)

Esses pontos não são apenas burocráticos. Cada decisão influencia diretamente os tributos, a segurança jurídica e até a possibilidade de crescimento da empresa no futuro. Um erro na escolha do tipo de atividade, por exemplo, pode aumentar a carga tributária ou gerar autuações.

Além disso, o contador acompanha o dia a dia da empresa. Ele auxilia na geração de relatórios contábeis, controla as obrigações fiscais, ajuda na gestão de folha de pagamento e fornece dados importantes para análise do desempenho. Sua presença não deve ser vista como custo, mas como investimento em estabilidade e crescimento.

Dica Bônus: Separe as finanças pessoais das empresariais

Um dos erros mais recorrentes entre empreendedores iniciantes é misturar o dinheiro da empresa com os gastos pessoais. Embora pareça simples no começo, isso compromete o controle financeiro e dificulta a tomada de decisões.

Para evitar esse cenário, é essencial:

  • Ter uma conta bancária específica para a empresa
  • Definir um pró-labore como remuneração mensal dos sócios
  • Registrar todas as retiradas com justificativa contábil
  • Usar cartões e canais distintos para cada finalidade

Essa organização facilita o controle das receitas e despesas, melhora a clareza nas demonstrações contábeis e demonstra profissionalismo diante de bancos, fornecedores e investidores. Além disso, evita conflitos societários e problemas fiscais com a Receita Federal.

Separar finanças é uma prática simples, mas fundamental para manter o negócio saudável e longe de problemas.

Começar uma empresa exige mais do que uma boa ideia. Envolve decisões estratégicas em áreas técnicas, como a contabilidade. Ignorar esses pontos no início pode gerar transtornos que comprometem todo o futuro da empresa.

São práticas simples que representam uma base sólida para qualquer novo empreendimento. Se você está prestes a tirar seu projeto do papel, busque orientação contábil desde o começo. Um contador experiente é um aliado valioso para construir uma trajetória sustentável, organizada e preparada para crescer.